Vivia a Rainha Cristina, Mulher de Armas, que heroicamente educou os seus três rebentos, de forma carinhosa, mas muito assertiva, longe dos seus fantasmas que paralisavam o seu coração, ao ponto de deixar de bater até à eternidade…

A Rainha Cristina, a dada altura, construíra uma fábrica do maior e melhor calçado português, um calçado glorificava o mercado nacional e internacional, com vista a ser um património familiar que vingaria por toda a vida dos seus rebentos.

Cristina de seu nome, a coragem entranhada em si, mulher de convicções e o talento para vingar sozinha na vida era-lhe invejado, no entanto nunca deixou de estender a sua mão aqueles que nada têm.

Certo dia Cristina, num dia como tantos outros, onde desempenhava o papel de Super Chefe, Super Mulher e Super Mãe, deparou-se com aquele que viria a ser o seu Super-Homem, de nome Zé, o Grande mas meigo Zé, que lhe tocando na mão disse:

“E se depois, deste negócio feito com a Rainha Cristina, aceitaria o meu convite para almoçar?”

Ao que a Rainha Cristina lhe respondeu:

“Sim, Senhor Zé, aceito, mas teremos que dividir a despesa!”

Este duvidoso “Sim”, por parte da Rainha Cristina ainda trazia os resquícios dos fantasmas do passado, que a atormentavam, mas confiou, e deu o seu “SIM”!!

Este “SIM” em forma de almoço, foi o início do fim dos maiores fantasmas que a Rainha ainda temia e o início de sorrisos juntos, conquistas e da maior obra enquanto casal, a reconstrução de uma Quinta em Celorico de Basto em simultâneo com a reconstrução de dois corações num Só!

Assim, em 1946, estes corações juntos, passam a viver diariamente num pequeno quarto nesta quinta em ruínas, dedicando-se ao renascer da mesma, assim como a construção do Amor de um pelo outro.